Nas últimas
descadas, ratos e camundongos transgênicos e nocautes foram desnvolvidos para –
por exemplo – o estudo da importância da regulação do estresse oxidativo para o
funcionamento do SNC. Esses animais que apresentam alterações em genes
envolvidos com a defesa antioxidante possibilita o estudo sobre essas proteínas
no controle oxidativo do sistema nervoso.
Mas como se
consegue esses ratos e camundongos transgênicos e nocautes?
O método
mais comum é a injeção direta do gene de interesse no pró-núcleo de ovos
fertilizados, a partir de uma micropipeta contendo a solução de DNA (~ 2 pmol).
Os embriões são cultivados e reimplantados em uma fêmea. No Maximo 40% dos
filhotes receberam o gene de interesse e são identificados por “Southern Blot”
: o DNA é extraído e fragmentado, esses fragmentos de DNA são separados por
eletroforese em gel, tranferidos para uma membrana, e o gene de interesse é
identificado por uma sonda marcada de RNA ou DNA complementar.
O DNA do
gene de interesse deve estar acompanhado de um promotor para uma expressão eficiente.
Os vírus também
podem ser usados na tarefa de carregar o DNA para dentro da célula. Os retrovírus
são os mais adequados para uma transformação estável de células de mamífero, já
que o DNA viral é integrado no genoma da célula e não provoca a lise da mesma.
Dessa forma,
é possível a transferência direta de um gene a uma região selecionada do cérebro
ou a um tipo especifico de neurônio de camundongos, e permite induzir a expressão
do gene em qualquer momento durante o desenvolvimento do sistema nervoso ou no
animal completamente maduro.
O nocaute,
propriamente dito, é a interrupção do gene in
vitro provocada por mutações, deleções ou inserção de um fragmento de DNA, o
qual interfere na fase de leitura, resultando em uma proteína não funcional.
Recombinações que resultam na substituição do gene normal ocorrem cerca de uma em cem vezes. As células recombinantes são selecionadas e injetadas em um blastocisto, que é introduzido em uma fêmea.
Algumas das
células do filhote possuirão o gene mutante. Se forem células germinativas, o
cruzamento deste camundongo com outro resultará em filhotes heterozigotos, ou
seja, expressando 50% da proteína. Cruzando esses heterozigotos entre si, obtêm-se
animais homozigotos (com 25% da frequência), com as duas cópias do gene mutada,
ou seja, com expressão nula da proteína.
Bibliografia: www.scielo.br/pdf/qn/v29n6/33.pdf ; livro: Imunologia Celular e Molecular, Abul K. Abbas, Andrew H. Lichtman.
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