quinta-feira, 16 de maio de 2013

Drogas - Maconha

Olá, leitores! Hoje falaremos da maconha, uma droga ilícita e seu uso terapêutico.


A maconha é o nome dado ao vegetal Cannabis sativa, também conhecida popularmente como: marijuana, fumo, bagulho, manga rosa, liamba, mulatinho. A cannabis é uma substância intrigante pois atua em sistemas cerebrais que utilizam neurotramissore, muito parecidos, quimicamente, com os da droga.

Figura 1

A planta Cannabis sativa produz muitas substâncias químicas. Uma delas é o Δ9-tetrahydrocannabinol (Δ9-THC), o principal psicoativo responsável pelos efeitos da maconha, que interage com os receptores canabinóides do encéfalo (CB1) nos neurônios pré-sinápticos, além do CB2 detectados na pós-sinapse e glianos canabinóides dos tecidos periféricos. Lá, são acoplados a uma proteína G que, quando ativada, inibe a enzima adenilato ciclase, além de, canais de cálcio e aumenta a atividade de canais de potássio, modulando a liberação de outros neurotransmissores.


Efeitos do uso da maconha:

Figura 2

Em altas doses ou em administração mal controlada, cannabis pode provocar alterações da percepção dos sons, cores prazer e relaxamento, e pode ainda provocar estados próximos do sonho - alterações da percepção dos sons, cores e da noção do tempo, fome intensa, olhos vermelhos, euforia (que é a liberação de dopamina no cérebro, dos quais três - D1, D3 e D5 - estão envolvidos com a dependência da maconha, e são abundantes no bulbo olfatório, núcleos accúmbens e caudado-patâmen) comprometimento da memória de curto prazo e de tarefas simples de aprendizagem, seu rendimento profissional e suas relações efetivas.


Uso terapêutico:
  • THC:  como já descrito o Δ9-tetrahydrocannabinol (Δ9-THC),o principal psicoativo responsável pelos efeitos da maconha. No entanto, além de já ser base de remédios no controle de enjôos de indivíduos com câncer e AIDS, os pesquisadores acreditam haver perspectivas de uso em pessoas com dores crônicas. Isso, devido à capacidade desses canabinóides se conectar aos neurônios, intervindo em sua atividade, inclusive na sensação de dor. Por causa dessa manipulação, ele também tem sido uma esperança a mais na guerra contra o excesso de peso. A suspeita originou-se a partir da constatação de que os usuários da maconha costumam sentir fome após o término de seus efeitos. Usada adequadamente, segundo os cientistas, o THC pode aumentar ou mesmo diminuir o apetite.
Figura 3
  •  Canabidiol : é outro composto abundante na Cannabis sativa, constituindo cerca de 40% das substâncias ativas da planta. Os efeitos farmacológicos do CBD são diferentes e muitas vezes opostos aos do Δ9-THC. O número de publicações sobre o CDB aumentou consideravelmente nos últimos anos e sustenta a ideia de que o CBD possui uma gama de possíveis efeitos terapêuticos; entre essas possibilidades, as propriedades ansiolíticas e antipsicóticas se destacam. Os efeitos ansiolíticos do CBD são, aparentemente, semelhantes àqueles dos medicamentos aprovados para tratar a ansiedade, delírios, alucinações da esquizofrenia, no cérebro  o canabidiol reduz a atividade da região que é hiperativada em quem tem fobia social.A vantagem é que o canabidiol não causa os efeitos colaterias comuns aos medicamentos tradicionais como dependência, sonolência excessiva, piora da memoria, tonturas e zumbidos. Os estudos indicam que o canabidiol também não provoca os efeitos da maconha, como falhas na memoria recente, taquicardia, boca seca, falta de coordenação motora e tosse.   
  • Ácido Julêmico: é um metabolito do THC (Δ9-tetrahydrocannabinol) que se verificou ter propriedades anti-inflamatórias e analgésicas potentes, sem quaisquer efeitos comportamentais ou psicoativos visíveis, é responsável por ligar os receptores de CB1 e CB2.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462012000500008&script=sci_arttext&tlng=pt
http://www.scielo.br/pdf/jbpsiq/v60n2/06.pdf

PACHER, P.; BATKAI, S.; KUNOS, G. The Endocannabinoid System as an Emerging Target of Pharmacotherapy. PHARMACOLOGICAL, Estados Unidos, 2006.

Figuras:
1http://batistaonaarea.blogspot.com.br/2011/05/marcha-da-maconha-marcha-da-morte.html
http://ebvirtual.wordpress.com/2012/03/04/fieis-tem-alucinacoes-apos-consumirem-hostias-alucinogenas/
http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2012/10/composto-da-maconha-alivia-fobia-social-e-ansiedade-diz-estudo-da-usp.html

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