sábado, 13 de julho de 2013

Patologias - Causas: Depressão

A depressão é uma doença complexa, e muito estudada por ser tanto uma questão de saúde pública quanto pelos vários neurotransmissores que estão envolvidos nela, o que cria uma maior possibilidade de tratamentos. Para se ter uma ideia, atualmente existem 298 milhões de pessoas com depressão no mundo, e esse número só aumenta, de forma que em 2030 será a doença mais comum. De todos os casos de depressão, 15% acabam em suicídio.
Ela pode ser classificada quanto a:

  • Causa: quando há uma detectável, é classificada como primária. Se não é possível detectar uma, a doença é classificada como secundária.
  • Componente genético: ocorrência de depressão na família. Pode ser esporádica, espectral ou familial.
  • Sintomas: se há episódios de mania, é bipolar. Se não há, unipolar.
  • Gravidade: leve ou grave.

Com isso, é possível dividir os casos de depressão em três grupos:
  • Reativa: ocorre em resposta a um episódio estressante, uma doença física grave ou uso de drogas, lícitas ou não. A depressão nesse caso é uma resposta, algo colateral.

  • Distimia: depressão crônica que dura dois anos ou mais, e que pode não ser suficiente para abalar a vida da pessoa como a depressão maior, mas atrapalha seu funcionamento e diminui as sensações de prazer.

  • Depressão maior: é de causa primária, com um fator genético envolvido. São episódios depressivos que ocorrem ao longo da vida, de natureza grave e que podem levar ao suicídio se não tratados.

  • Bipolar: também de causa primária, se caracteriza por ser um ciclo de uma fase de mania com episódios de depressão, onde o humor da pessoa muda completamente. A fase de mania se caracteriza por ser uma fase muito extrovertida e de ações impulsórias. A depressiva apresenta os sintomas que serão listados a seguir.

São vários os sintomas, e muitos podem ser difíceis de perceber, o que dificulta o diagnóstico. Maior incidência de doenças cardiovasculares, dores de cabeça, insônia, hipersônia, falta de apetite ou aumento desse, problemas intestinais, cãibras, sintomas comparáveis à diabetes, sentimentos persistentes de tristeza, culpa, estresse, irritabilidade, pessimismo, falta de esperança, incapacidade de se divertir, incapacidade de se concentrar, de se lembrar de acontecimentos, tentativas de suicídio e muitos outros são os sintomas dessa doença que envolve nada menos que quato neurotransmissores. Todos eles são deductíveis a partir da explicação de como a depressão começa e o desequilíbrio de cada um dos envolvidos.
Os neurotransmissores envolvidos no processo são a seretonina, a dopamina, a noradrenalina e o cortisol. A diminuição de seretonina leva à menor concentração dos dois outros no encéfalo, levando aos sintomas emotivos e sociais. A seretonina, por atuar em várias partes do corpo, leva aos sintomas físicos. Mas, o que o cortisol tem a ver com isso? Também conhecido por hormônio do estresse, ele é liberado em situações traumáticas ou em momentos de ansiedade, e inibe uma enzima responsável por sintetizar seretonina. Sem seretonina, a produção de noradrenalina e dopamina caem, e isso vira um efeito bola de neve, pois a ansiedade e o estresse só pioram, e a pessoa não se sente melhor com nada, pois não há a dopamina para ser liberada.



Os neurotransmissores e suas relações com os sintomas: dopamina está relacionada com o desejo de realizar algo, o efeito recompensa e o prazer. A noradrenalina, ou noraepinefrina comanda o sentido de alerta, a concentração e a energia, e a seretonina controla as obsessões, compulsões e a memória. Dopamina e noraepinefrina controlam a atenção, noraepinefrina e seretonina controlam a ansiedade, comportamento impulsivo e irritabilidade, dopamina e seretonina controla o apetite sexual e a agressividade. Todas as três controlam as funções cognitivas e o humor. Portanto, a falta deles irá diminuir, inibir tudo aquilo a que estão relacionados.







Bibliografia:
Revista “Superinteressante”, Junho de 2013, matéria de capa
http://web.archive.org/web/20110606040559/http://www.nimh.nih.gov/health/publications/depression/nimhdepression.pdf

Um comentário:

  1. A dopamina é a substância responsável pelo bom humor. E essa substância pode ser encontrada em inúmeros alimentos!

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