Então, como os pesquisadores de Stanford chegaram ao
que é chamado de CLARITY ?
Bem, primeiramente foiinfundindo monômeros de
hidrogel — no caso, acrilamida e bissacrilamida — e formaldeído no tecido a
4ºC. O formaldeído liga covalentemente os monômeros de hidrogel a biomoléculas
incluindo proteínas, ácidos nucleicos e pequenas moléculas. No próximo passo, a
polimerização do conjugado de biomoléculas e monômeros em uma rede de hidrogel
, ocorre por incubação do tecido infundido a 37ºC por 3 horas.
A hibridização do tecido-hidrogel suporta
fisicamente o tecido e incorpora quimicamente biomoléculas na rede formada. Lipídios
e biomoléculas que não possuem os grupos funcionais para a conjugação continuam
desatados da rede de hidrogel e podem, então, ser removidos do hibrido.
Então, para a extração dos lipídios nesse novo método
foi desenvolvido uma técnica iônica de extração. Usualmente utilizam-se
solventes orgânicos, porém, os mesmo diminuem a eficiência da fluorescência no
momento da visualização microscópica. Então, foi colocado o detergente SDS
(dodecil sulfato de sódio), as micelas do detergente envolviam os lipídios e
foram retirada por uma técnica ativa de transporte, que foi determinada como electrophoretic tissue clearing (ETC) , que se concentra na característica das
micelas iônicas de serem altamente carregadas.
O hidrogel então asseguraria as biomolécula e características
estruturais como proteínas de membrana e sinapses, enquanto o lipídio que causa
dispersão da luz e dificulta a penentraçao de macromoléculas seria ativamente
removido, deixando um sistema biológico totalmente associado disponível a para
fenotipação e imagem em alta resolução.
Figura 1
Esquema do método CLARITY
Figura 2
Cérebro de camundongo antes do CLARITY Cérebro de camundongo depois do CLARITY
Figura 3
Visualização no microscópio
Figura 4
Visão tridimensional do hipocampo, mostrando em verde os neurônios excitatorios, em vermelho
neurônios inibitórios e em azul os astrócitos.
Para se entender mais do resultado de CLARITY, assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=c-NMfp13Uug
Referencia bibliográfica: http://www.nature.com/nature/journal/v497/n7449/full/nature12107.html; http://www.nature.com/nature/journal/v497/n7449/fig_tab/nature12107_F1.html
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