domingo, 9 de junho de 2013

Patologias - Tratamento: Autismo



Para um melhor entendimento dos tratamentos existentes para o autismo, uma visão geral dos sintomas e das vias bioquímicas relacionadas:

Características marcantes de pacientes autistas:
-Distúrbios nas áreas de sociabilidade, de comunicação e de interesses/atividades;
-Comprometimento da atividade imaginativa: restrita em conteúdo e/ou repetitiva e/ou estereotipada na forma;
-Incapacidade na comunicação verbal e não-verbal: linguagem totalmente ausente ou fala repetitiva ou afasia nominal (incapacidade de nomear objetos) ou linguagem metafórica/neologismos;
-Falta de receptividade e interesse pelas pessoas, não se estabelece relações interpessoais, pessoas conhecidas e desconhecidas são pouco distinguidas.

Principais causas:
-Envolvimento do sistema dopaminérgico;
-Hiperserotoninemia;
-Desequilíbrio de endorfinas.

Agora, os possíveis tratamentos empregados:
Terapia farmacológica:
Esse tipo de tratamento não deve ser mantido isoladamente.


1- Neurolépticos:
São os mais utilizados para crianças autistas e são responsáveis por diminuir a concentração de serotonina e dopamina no sangue e no líquor.
Típicos: Haloperidol - contém antagonistas dos receptores D2 da dopamina, melhorando os sintomas de hiperatividade, impulsividade, agressividade e estereotipias.
Atípicos: Risperidona-contém antagonistas dos receptores de dopamina e serotonina, promovendo a melhoria dos comportamentos repetitivos, agressividade, ansiedade, depressão e irritabilidade.
               Clozapina- antagonista dos receptores adrenérgicos, colinérgicos, histaminérgicos e serotoninérgicos.

2- Inibidores da recaptação de serotonina:
Fluoxetina, sertralina, fluvoxamina, paroxetina: grupo de compostos não relacionados quimicamente que inibem fortemente a recaptação de serotonina (5-hidroxitriptamina) no sítio do transportador pré-sináptico.
Melhora sintomas como agressão, auto-agressão, estereotipias e sintomas obsessivos-compulsivos.

3- Anti-depressivos tricíclicos:
Clomipramina – efeitos serotoninérgicos, com melhoria nos comportamentos agressivos, auto-agressivos, obsessivo-compulsivo e nas estereotipias.

4-Anti-convulsivantes:
Convulsões presentes em aproximadamente 30% daqueles com pertubações do espectro autista.
Valproato de sódio e Carbamazepina: controle das convulsões.

5- Estimulantes:
Metilfenidato- prescrito como forma de redução da hiperatividade e do déficit de atenção, mas pode aumentar a agressividade e os comportamentos estereotipados.

6-Antagonistas Opióides:
Altos níveis de opióides foram encontrados no fluído cerebroespinhal de muitas crianças autistas. Esses reduzem a percepção da dor e podem induzir sentimentos de euforia, relacionando-se com os comportamentos de auto-agressão de crianças autistas. A diminuição dos opióides serve de resguarde para esses comportamentos.
Naltrexona: bloqueia a ação dos opióides, com observação de redução da hiperatividade e do cansaço.




Outras terapias utilizadas:
Terapia da fala, terapia física, musical, ocupacional, de vitaminas, intervenções comportamentais com tarefas sociais...
Com relação à terapia de vitaminas, alguns profissionais insistem que algumas crianças autistas podem se beneficiar com a ingestão de elevadas doses de B6, ácido fólico, C e A.

Curiosidades:

**TEACCH = Treatment and Education of Autistic and Communication Handicapped Children (Tratamento e Educação de Crianças Autistas E com Desvantagens na Comunicação).
O projeto de saúde pública é disponível na Carolina do Norte, EUA e oferece serviços voltados para pessoas com autismo e outros transtornos do espectro do autismo e para suas famílias.
Atualmente oferece serviços da 1ª infância até a idade adulta, incluindo diagnóstico e avaliação, projetos de tratamento individualizados, educação especial, treinamento de habilidades sociais, treinamento vocacional, consultoria a escolas e convênio com as escolas estaduais, treinamento e aconselhamento dos pais e promoção de atividades de grupos de pais. Mantém também um projeto de pesquisa ativo e capacitação multidisciplinar para profissionais lidando com crianças, adolescentes e adultos com autismo e suas famílias. 

**O projeto DAN! - Defeat Autism Now!

Organização de pesquisa e de fonte de informações para tratamentos seguros, com o propósito de corrigir 
as causas centrais do autismo.A agenda inclui:
·                                 Oferecer fundos para pesquisas sobre tratamentos eficazes;
·                                 Manutenção de dois websites, autism.com e autism.org, para fornecer informações médicas e educacionais sobre o autismo;
·                                 Colaboração com o Instituto Nacional Americano de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano (National Institute of Child Health and Human Development, da Universidade de Maryland) para pesquisas a respeito das causas e efeitos do autismo;
·                                 Compilação de enquetes com pais, para determinar quais tratamentos para o autismo são benéficos e quais não o são; entre outros.
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